quarta-feira, 6 de julho de 2011



Os dias chegam-me cada vez mais como jogos de ping-pong e eu começo a entender as razões do meu cansaço e da respiração ofegante que me causa esta dor no peito..neste jogo  em que participo contra minha vontade por ser desequilibrado, não tenho a voz activa nem autoridade para me fazer ouvir e as investidas do meu adversário estão a absorver de mim todas as forças que me restam...Por mais que tente a bola nunca fica do meu lado tantas vezes como devia, razão do desequilibro, e embora me esforce a dobrar os ataques oponentes triplicam e eu vou-me afastando na contagem e na competição. Para trás, junto com as forças estão os pontos e as vitória cada vez mais me parece uma miragem. 
Comigo, fica a esperança que o fim deste jogo não me traga um outro tão instável, que o dia que me chegar não seja repleto de incertezas e preocupações e que finalmente eu possa usufruir de paz e da companhia tanto dos mais distantes como dos mais próximos uma vez que são todos presentes. Que o amanhã me surja melhor que hoje e que quem estiver interessado em perturbar o pouco sossego que ainda me resta, como até agora tem acontecido, não bata à minha porta...que não me diga nada para o meu coração poder voltar ao seu ritmo normal e eu consiga somar alguns pontos à minha classificação.


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