quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O que qualifica alguém como um herói? Obviamente, um herói tem que ser alguém respeitado. Uma pessoa que é generosa de espírito. Que está disposto a crescer e aprender. Para muitos é aquela pessoa que mais ama no mundo, ou aquele que tira o máximo proveito da vida, não importa o que as pessoas pensam. 
Conheço muitas pessoas cultas mas neste momento só uma não me sai do pensamento como meu herói. Tenho um amor sem medida por toda a minha família, um amor imenso, tão grande tão grande por cada um deles, pelo que somos juntos, por um nunca deixar o outro sem apoio. Sim, parece cliché ou uma família rara de filme mas a minha família é a mais protetora que conheço. É que basta um tossir e os outros estão lá todos, qual acampamento cigano (sem ofensas) para perguntar se está tudo bem, se é preciso alguma coisa, se já foi à farmácia, ao médico, se precisa de boleia para tal, etc etc etc. Ok, foi uma metáfora um pouco a cair para a hipérbole mas não é um exagero assim tão grande da realidade (com temáticas diferentes da constipação mas fica a ideia). Eu bem me lembro de irmos passar um dia à praia, 9 pessoas e tanta tanta tanta tralha que parecia que íamos passar 3 anos a Marraquexe onde não há nada e tínhamos de levar tudo de cá. Mas a verdade é que a minha família é o mais valorizado por cada um dos membros deste clã. Não posso esquecer claro os jantares de família organizados pela minha tia porque, na sua tão correta opinião, a família tem de se reunir!
Mas voltando ao herói que pensei, ele é da minha família (ou não estaria com este paleio todo) e é o motivo de orgulho de todos. Pensa sempre nos outros primeiro (e não, não estou praqui a dar graxa ao cágado porque ele nem vai ler isto - [des]vantagem do meu blog ser anónimo), faz tudo por nós, e no meio das mil e trezentas tarefas que tem diariamente arranja tempo para ligar (neste momento from Luxembourg city, amanhã pode ser doutro cantinho do planeta Terra) e dizer que gosta de nós. E, sempre com carinho, diz-me muitas vezes: "ainda me lembro de te ir buscar ao infantário, eras pequenina e eu trazia-te, dava-te a sopa e a comida, agasalhava-te bem e íamos embora, e tu obedecias-me sempre". Seria de pensar que ele tinha 30 anos e eu 3 (para me ir buscar ao infantário) mas na verdade este meu herói só tinha na altura prai 14 anos. E sempre significou tanto para mim. Na realidade a história inverteu-se e eu depois tive o mesmo papel para com o filho dele e com a mesma diferença de idades. Para dizer a verdade com ele (e mais tarde com o filho dele) aprendi que não preciso de irmãos de sangue, ele sempre foi meu irmão. E tanto eu como ele e toda a família víamos este laço de parentesco em nós. 
Um herói não precisa de uma capa azul e uns collants vermelhos (felizmente!)...o meu usa fato e gravata (sapatilhas ao fim de semana) e é o meu primo, no meu coração mais do que isso e eu amo-o verdadeiramente, como o amava quando tinha 3 anos (e nem sabia o que significava isso) e como vou amar eternamente!
Não, não é o único herói que tenho, a minha família está repleta deles 
E embora eu não me tenha tornado na pessoa que eles queriam, eles não desistem de mim!




Sem comentários:

Enviar um comentário

deixa um sorriso (: