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Revejo nas palavras dela, que já viu os seus medos transformados em circunstâncias reais, os meus receios e o facto de que, tal como ela, não saber o que fazer se não estiveres ao meu lado!

E embora tu não sintas a pena que eu sinto face a ela, eu coloco-me na sua situação, uma condição na qual nunca me encontrei: perder o amor da nossa vida...um sofrimento que nunca vivi pois nunca te perdi mas que posso imaginar a dor que se sente. 

Entendo cada palavra, cada sentimento, cada lágrima, cada noite sem dormir, a dificuldade de entrega a outro alguém que nunca poderá substituir o verdadeiro amor um dia vivido da mesma forma que entendia as suas inseguranças e os seus medos..eu também os tenho ou já tive. 

Contudo, há momentos na vida em que a solução para todos os medos passa por aproveitar ao máximo cada segundo e cada oportunidade que a vida nos dá. Porque mais tarde ou mais cedo saberemos se temos razão, ou não, para tais inseguranças. E se não tivermos razões que alimentem os nossos medos saberemos que não perdemos tempo com incertezas parvas. Mas se pelo contrário os nossos medos tiverem uma razão de ser, então teremos de arranjar uma solução viável na qual os prejuízos para ambas as partes sejam os menores possíveis e acreditar que no momento certo a vida muda. Nem sempre muda quando queremos ou como desejamos, mas muda. E eu sei, com toda a certeza do meu coração, que só poderei imaginar a dor da perda porque na realidade nunca vou passar por ela. E a distância...bem se for preciso depois pensamos numa solução*